Desde o começo do ano, em março mais ou menos, comecei a praticar uma arte que eu sempre gostei, mas nunca havia tentado: a culinária. Tudo começou com uma dúzia de forminhas de silicone compradas em Pedreira (SP), em 2012, quando as mulheres saíram para comprar o enxoval de casamento da minha irmã, e a entrosa aqui, até então com seus 14 anos, comprou-as pensando que chegaria em casa e faria cupcakes, como num passe de mágica, mas não foi bem assim. As forminhas ficaram paradas por pelo menos um ano e meio, antes de serem finalmente usadas. Nesse meio tempo, comecei a assistir Cake Boss e aprendi cálculo estequiométrico, além de começar a fazer almoços e jantas, e enfim, parece que todos os fatores estavam lá, e se juntaram para que eu me introduzisse no mundo da cozinha, e todas as ideias se consolidassem na prática e na teoria.
Criei coragem, liguei para minha amiga de infância, (dona do blog: radardamodaecia.blogspot.com), srta. Marina Galvan, e resolvi estrear as formas. Uma das massas que eu mais tinha curiosidade de conhecer e que apareciam sempre no seriado de Cake Boss, foi a de veludo vermelho (Red Velvet), logo, resolvi fazê-la. Mas tenho de admitir que foi uma ideia burra, por que a massa não é das mais fáceis e nós nunca havíamos feito nada mais elaborado que um brigadeiro. A primeira vez, como era de se esperar... deu errado. Tudo bem que foi por falta de atenção na hora de colocar um dos ingredientes (foi até que justificável), mas acabamos jogando dez cupcakes fora.
Porém, minha lombriga não iria desistir até saber que gosto tem veludo vermelho. Tentamos novamente e os cupcakes não ficaram maravilhosos, em questão de beleza da massa, mas aí recheamos com ganache de chocolate meio amargo e geleia de morango silvestre, e ficou top, principalmente em gosto. Por fim, me conformei que para uma primeira vez na cozinha, não ficariam iguais aos do Buddy Valastro, então eu dei um desconto.
A massa não cresceu muito e eu desconfio que foi por causa de uma reação meio chatinha (pois tem que ser muito rápido e ágil para que dê certo) entre bicarbonato de sódio e vinagre. Esses foram os cupcakes recheados e com cobertura :
De acordo com os nosso pais, eles ficaram ótimos, mas como pais são sempre suspeitos, (principalmente mães, em caso de esforço contínuo, e em situações relacionadas à cozinha, pois elas sabem o quanto é ruim quando uma receita não dá certo) eu resolvi tentar outra vez algum tempo depois, porém, com massa diferentes; e assim, fui me aprofundando, desenvolvi uma receita perfeita de Brownie (depois eu posto aqui), fiz cookies, e hoje, quando eu já aprendi a acertar a massa (mais ou menos né, baunilha ainda se mostra complexa pra mim), posso brincar de misturar recheios e coberturas diferentes. Porém, de todas as vezes que eu fiz um cupcake de Red Velvet, nunca me parece que está perfeito. Simplesmente não consigo assimilar que toda aquela propaganda que todos fazem seja simplesmente esse gosto. Não é que veludo vermelho seja ruim, é muito bom, mesmo; mas eu esperava (e ainda espero) algo magnífico, não sei, diferente daqueles que eu faço, e simplesmente nunca me parece tão bom quanto as minhas expectativas.
Nessa última semana de aula, fiz alguns para levar e distribuir para os meus amigos (como uma lembrancinha de Natal, um agrado, xamego, chame como quiser), e pela primeira vez, eu obtive um resultado mais satisfatório do que das outras vezes (em gosto, e aparência da massa).
No entanto, eu ainda tenho um último resquício de esperança, em encontrar uma receita que transforme todas as minhas expectativas e imaginações em realidade. Assim como várias damas esperam por seu príncipe encantado, eu espero por uma receita de Veludo Vermelho que me encante, me faça sorrir e dizer: per-fei-to.

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