Quantas vezes começaríamos de novo o mesmo dia? Passaríamos pelos mesmos problemas, para tentar aprender com aquilo que não aprendemos da primeira vez?
O que daríamos para reviver alguns segundos? Observar, com calma, os momentos que antes apenas olhamos.
Qual o preço que pagaríamos para refazer algumas ações? Iriamos desfazer aquelas que nos prejudicam, mas que mesmo assim, foram úteis ao nosso crescimento?
As vidas são infinitas, o tempo não. Os momentos são eternos, as pessoas, não. Os sentimentos são eternos, as memórias, não.
É importante não desperdiçar o tempo, não acumular dores ou arrependimentos, resolvê-los sem adiar, amar, ser feliz, ser você mesmo, e viver.
Quebrar a cara por atitudes que sejam suas, que sejam feitas de coração, para que a desilusão seja maior, mas o aprendizado também. Sentir. Respirar sem o peso de uma consciência que acusa, da impotência, ou do arrependimento.
Realizar pequenas atitudes que não tem preço, mas que se eternizam ao fim de cada segundo, ou ao fim de uma vida inteira.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Sobre a mulher, pela mulher - um desabafo
Recentemente, a polêmica (que não deveria ser) sobre a violência contra a mulher e os seus direitos vêm ficando cada vez mais acirrada, principalmente depois do tema da redação do ENEM, neste domingo, e que, na minha opinião, foi excelente, pois envolveu um conteúdo atual, social e de extrema importância, para o mundo inteiro.
Para esclarecer para quem ainda não sabe, pela última vez: feminismo não é sobre queimar sutiãs, dizer que as mulheres são superiores, que elas devem ocupar o lugar dos homens, ou ainda sobre se tornar um homem. Feminismo na verdade é usado para designar a LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNEROS, e que envolve a segurança e o bem estar da mulher.
Particularmente, eu nunca gostei do fato de não poder ir passear na praça sozinha, de ter sempre que me preocupar com a postura dos homens em eventos públicos (como festa do peão) ou muito lotados, e de, em muitos casos, precisar estar acompanhada para ir a vários lugares, por que sempre "pode acontecer alguma coisa". Normalmente, coisas que não acontecem com os homens, pelo simples fato de eu ser mulher. No entanto, são coisas que eu preciso fazer, por que envolve, além de mim, uma postura e uma mentalidade da sociedade, e esta, por sua vez, é algo que eu não posso lutar contra, no sentido de acreditar que eu estou isolada desses acontecimentos por pensar diferente.
Pra ser sincera, ter de fazer tudo aquilo é um saco, e nunca ter a completa sensação de segurança, se não estiver acompanhada, por exemplo, é pior ainda, por que logo, e muitas vezes hoje, eu vou precisar realizar aquelas atividades sozinha, muitas mulheres precisam, e não vou poder contar com um acompanhante. Essa é, justamente, uma das lutas embatidas pelo feminismo: poder andar por aí, a noite, e me sentir segura, não me preocupar com estupros, ou com a violência "por ser um sexo mais frágil e atingível", por ser um "alvo", por que na verdade, não somos.
Pra ser mais sincera ainda, cansei de abrir o Facebook e ver opiniões cada vez mais divergentes, ou ridículas, de gente que confunde feminazi com feminismo, que acha que toda feminista é puta, que isso é ideologia de esquerda, de direita, que é fogo de palha, que daqui pouco passa. Na verdade, cansei até mesmo de quem fica postando mil vezes a mesma coisa sobre o feminismo, tendo, toda vez, que esclarecer o significado de cada termo, por que as pessoas usam e entendem isso errado. A partir de agora, PESSOAS QUE LEREM ESSE POST, procurem qualquer informação sobre o vocabulário que forem usar, por que esse assunto TEM QUE SER DISCUTIDO, SIM, mas não com gente desinformada. Não aprenderam ainda? perguntem! Perguntem, se informem, antes de falar qualquer bobagem.
Nunca posto textos assim no Face, mas o que me levou a isso foi um documentário que acabei de assistir, "India's Daughter" (disponível no Netflix) sobre Jyoti Singh, a jovem indiana que em 2012, foi estuprada por seis homens, num ônibus em movimento. Um dos motivos é por que sua Constituição admite a inferioridade da mulher, e que "é errado uma mulher andar na rua depois das 18h30", e que "ela não deve estar acompanhada por alguém do sexo masculino que não seja de sua família, isso não é normal". A princípio, alguns vão pensar, "nossa, graças a Deus que no Brasil não é assim", e foi o que eu pensava, até ouvir a frase que mais nos aproxima da realidade deles: " A MULHER É MUITO MAIS RESPONSÁVEL PELO ESTUPRO DO QUE O HOMEM". Me lembrei na hora de várias pessoas que andaram escrevendo a mesma coisa pelo face, e por isso, acredito que todas as pessoas deviam assistir o documentário, pois são duas realidades, e MENTALIDADES que precisam ser alteradas.
Vivemos hoje, uma CULTURA DO ESTUPRO, que não é combatida pelo medo, e por uma dificuldade em aceitar a igualdade; pela facilidade do uso da força e da submissão.
Hoje, eu "apenas" desejo que mulher não seja julgada, ou estereotipada, que elas tenham poder de escolher sobre a sua roupa ou cabelo, que elas possam ganhar o mesmo que os homens não pelo sexo, mas pela competência, que a mulher que apanha do marido em casa entenda que ela pode mudar isso, que ela acredite em si mesma, que não acate aos padrões de beleza, até mesmo por que isso não existe, quero que ela se sinta, sobretudo, FELIZ, mas infelizmente, para isso, tenho que querer a liberdade que hoje, OS HOMENS têm.
Quero um dia poder levantar as mãos e dizer, com convicção: sou uma mulher, independente, tenho liberdade de escolha, e posso me sentir segura pra sempre! Por que independente do que uma mulher fizer, ELA NÃO É A CULPADA PELO ESTUPRO. Por favor, não confundam estupro com sexo banalizado, já que, como a própria palavra diz, não é apenas sexo, uma vez QUE NÃO FOI CONSENTIDO, e a mulher se sentiu, e foi, violada e exposta.
E pra encerrar, penso que as mulheres TEM SIM que saber fazer tarefas domésticas, e que aliás, TODOS deveriam saber, por uma questão de independência, e para parar de restringir ou submeter uma mulher somente à esse cargo.
Para esclarecer para quem ainda não sabe, pela última vez: feminismo não é sobre queimar sutiãs, dizer que as mulheres são superiores, que elas devem ocupar o lugar dos homens, ou ainda sobre se tornar um homem. Feminismo na verdade é usado para designar a LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNEROS, e que envolve a segurança e o bem estar da mulher.
Particularmente, eu nunca gostei do fato de não poder ir passear na praça sozinha, de ter sempre que me preocupar com a postura dos homens em eventos públicos (como festa do peão) ou muito lotados, e de, em muitos casos, precisar estar acompanhada para ir a vários lugares, por que sempre "pode acontecer alguma coisa". Normalmente, coisas que não acontecem com os homens, pelo simples fato de eu ser mulher. No entanto, são coisas que eu preciso fazer, por que envolve, além de mim, uma postura e uma mentalidade da sociedade, e esta, por sua vez, é algo que eu não posso lutar contra, no sentido de acreditar que eu estou isolada desses acontecimentos por pensar diferente.
Pra ser sincera, ter de fazer tudo aquilo é um saco, e nunca ter a completa sensação de segurança, se não estiver acompanhada, por exemplo, é pior ainda, por que logo, e muitas vezes hoje, eu vou precisar realizar aquelas atividades sozinha, muitas mulheres precisam, e não vou poder contar com um acompanhante. Essa é, justamente, uma das lutas embatidas pelo feminismo: poder andar por aí, a noite, e me sentir segura, não me preocupar com estupros, ou com a violência "por ser um sexo mais frágil e atingível", por ser um "alvo", por que na verdade, não somos.
Pra ser mais sincera ainda, cansei de abrir o Facebook e ver opiniões cada vez mais divergentes, ou ridículas, de gente que confunde feminazi com feminismo, que acha que toda feminista é puta, que isso é ideologia de esquerda, de direita, que é fogo de palha, que daqui pouco passa. Na verdade, cansei até mesmo de quem fica postando mil vezes a mesma coisa sobre o feminismo, tendo, toda vez, que esclarecer o significado de cada termo, por que as pessoas usam e entendem isso errado. A partir de agora, PESSOAS QUE LEREM ESSE POST, procurem qualquer informação sobre o vocabulário que forem usar, por que esse assunto TEM QUE SER DISCUTIDO, SIM, mas não com gente desinformada. Não aprenderam ainda? perguntem! Perguntem, se informem, antes de falar qualquer bobagem.
Nunca posto textos assim no Face, mas o que me levou a isso foi um documentário que acabei de assistir, "India's Daughter" (disponível no Netflix) sobre Jyoti Singh, a jovem indiana que em 2012, foi estuprada por seis homens, num ônibus em movimento. Um dos motivos é por que sua Constituição admite a inferioridade da mulher, e que "é errado uma mulher andar na rua depois das 18h30", e que "ela não deve estar acompanhada por alguém do sexo masculino que não seja de sua família, isso não é normal". A princípio, alguns vão pensar, "nossa, graças a Deus que no Brasil não é assim", e foi o que eu pensava, até ouvir a frase que mais nos aproxima da realidade deles: " A MULHER É MUITO MAIS RESPONSÁVEL PELO ESTUPRO DO QUE O HOMEM". Me lembrei na hora de várias pessoas que andaram escrevendo a mesma coisa pelo face, e por isso, acredito que todas as pessoas deviam assistir o documentário, pois são duas realidades, e MENTALIDADES que precisam ser alteradas.
Vivemos hoje, uma CULTURA DO ESTUPRO, que não é combatida pelo medo, e por uma dificuldade em aceitar a igualdade; pela facilidade do uso da força e da submissão.
Hoje, eu "apenas" desejo que mulher não seja julgada, ou estereotipada, que elas tenham poder de escolher sobre a sua roupa ou cabelo, que elas possam ganhar o mesmo que os homens não pelo sexo, mas pela competência, que a mulher que apanha do marido em casa entenda que ela pode mudar isso, que ela acredite em si mesma, que não acate aos padrões de beleza, até mesmo por que isso não existe, quero que ela se sinta, sobretudo, FELIZ, mas infelizmente, para isso, tenho que querer a liberdade que hoje, OS HOMENS têm.
Quero um dia poder levantar as mãos e dizer, com convicção: sou uma mulher, independente, tenho liberdade de escolha, e posso me sentir segura pra sempre! Por que independente do que uma mulher fizer, ELA NÃO É A CULPADA PELO ESTUPRO. Por favor, não confundam estupro com sexo banalizado, já que, como a própria palavra diz, não é apenas sexo, uma vez QUE NÃO FOI CONSENTIDO, e a mulher se sentiu, e foi, violada e exposta.
E pra encerrar, penso que as mulheres TEM SIM que saber fazer tarefas domésticas, e que aliás, TODOS deveriam saber, por uma questão de independência, e para parar de restringir ou submeter uma mulher somente à esse cargo.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Sobre flores e pessoas
"Flores são flores
Vivas num jardim
Pessoas são boas
Já nascem assim
Flores são flores
Colhidas sem dó
Por alguém que ama
E não quer ficar só"
-Cazuza
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
sábado, 5 de setembro de 2015
Fanfic - Cartas para Jane, cap.2
Capítulo II
Assim que terminei de ler a carta, dei-me o direito de
relê-la mais duas vezes, tamanha a minha indignação. Era como se um buraco em
meu peito fosse preenchido, mas ao mesmo tempo o vazio continuasse. Gostaria de
tê-lo ali comigo para responder, em voz alta, a sua carta. Quase sempre, ao
contrário do que muitos pensam, as palavras tem mais significado quando ditas,
com a devida entonação, do que quando escritas. E esse era um dos momentos em
que eu queria dizer-lhe tudo o que sentia, e não escrever-lhe.
Porém, como não havia alternativa, contentei-me em responder
a carta, tanto para dizer tudo o que sentia antes de seguir em frente, quanto
para amenizar nossos corações.
Sentei-me com muita calma, peguei a pena e o tinteiro,
algumas folhas de papel, e comecei a escrever as sentenças, antes que o adeus
final fosse dito. Minha letra não saiu como o esperado, mas esse era somente
mais um fator para que Lefroy notasse o meu nervosismo e espanto ao receber sua
carta.
Steventon,
29 de abril de 1799
Querido
Lefroy,
Não
costumo escrever muito sobre os meus sentimentos de forma direta, sem me
esconder atrás do amor de meus personagens, mas, farei este esforço por você; assim
como tenho feito tantas outras coisas por você, desde que nos conhecemos, e
assim como fez por mim, arriscando seu casamento ao me enviar aquela carta.
Tudo o
que estava escrito me fez chorar, por ser verdade, e sorrir, por saber que você
se sente como eu, tem os mesmos arrependimentos, e também pensa numa realidade
diferente. Aliás, tudo isso faz o maior sentido, já que você estava
completamente certo quando disse que somos um. Fomos um.
Estivemos
tão perto da felicidade plena, mas a sacrificamos por algo mais nobre: pela
família. Em contradição, não existe nada mais nobre do que o amor, e foi por
isso que desisti de nós: por amá-lo, por não suportar a ideia de dormir com
você numa cama grande e quente, enquanto a sua família, os que tanto te amam e
têm expectativas sobre você, dormiriam em montes de palha organizadas num
leito, passariam mais fome, e sentiriam como se fossem esquecidos de Deus, ou
pior, do próprio filho.
Toda
mulher solteira da minha idade fica sentada esperando que um príncipe encantado
com um cavalo branco passe em sua frente, um homem que a faça feliz e que a ame
incondicionalmente. Devo dizer-lhe, que graças a você, não preciso mais esperar
meu cavaleiro encantado, por que você já ocupou esse papel. Ao contrário do que
você imaginava, recusei casar-me com o Sr. Wisley, e assim será com os próximos
candidatos que aparecerem em minha vida, a princípio, já que pretendo
dedicar-me a escrita, e por me recusar a forçar um casamento em função de dinheiro,
por uma convenção social. Mas, por favor, não pense que o que foi dito acima
seja uma indireta, já que você realmente tem suas obrigações com seu tio, e eu,
felizmente, não as tenho com ninguém. Não tenho o mesmo relacionamento que
vocês, de dependência, em relação à renda, e de necessidade, quanto aos seus
mais próximos. Por isso, posso manter-me intacta, com esse voto de fidelidade,
e com as palavras que ainda irei dizer nesta carta.
Sabe
Lefroy, meu coração partiu-se em pedaços quando entrei naquela carruagem, sem
devidas despedidas, sem um último beijo, um último toque, com direito apenas de
um último olhar, e tenho que admitir, a presença deste vem assombrando meus
sonhos todas as noites, quando encosto minha cabeça no travesseiro e penso em
tudo, inclusive no nosso passado.
Há algo
em seus olhos que me persegue toda vez que fecho os meus. Eu tentei escapar
deles mantendo-me acordada por noites seguidas, tentando afastar você da minha
mente, mas infelizmente não consigo tirar-lhe dos meus pensamentos. Eu ainda
tenho seu rosto pintado em meu coração, rabiscado em minha alma, gravado em
minha memória, e eu ainda sinto seus lábios queimando sobre os meus, o toque
dos seus dedos, tão profundamente guardados em mim.
Por um
lado, é reconfortante saber que não sou a única a se sentir assim, por outro, o
sentimento é devastador, como se a saudade me engolisse a cada segundo.
Descobri, por fim, um jeito de amenizar esses sentimentos, e como você deve
saber, é através da escrita. Estou dando continuidade a um livro que a
princípio se chama “Primeiras Impressões”, e admito que o personagem principal,
o sr.Darcy, foi inspirado em sua pessoa.
Desejo
tornar-lhe consciente o fato de que algum personagem masculino das histórias
que ainda pretendo escrever terá um toque “Lefroy”, em algum aspecto, seja no
jeito arrogante, presunçoso, e bem aparentado; seja nos olhos azuis, na
lealdade, no carisma, na honra ou no amor que sinto.
Impressiono-me
como existe uma só palavra para definir tantas coisas, e ao mesmo tempo como
existem tantas palavras e mesmo assim, sentimentos indefiníveis. O que passamos
se encaixa no segundo caso, com certeza, afinal de contas, mesmo escrevendo
tanto, não sei se consegui tornar compreensível
o tamanho da minha felicidade em saber que você continuou sua vida, por
que somente assim conseguirei, talvez não de imediato, libertar-me do meu
arrependimento, deixando-me imensamente aliviada. E, antes que me esqueça, muito obrigada pela
homenagem quanto ao nome de sua filha. Espero somente que você não faça
diferença dela com as outras que ainda estarão por vir, justamente pela
história que o nome dessa menina resguarda. Que ela seja eternamente abençoada,
e mesmo não a conhecendo, sei das índoles de sua esposa e sei que era fará um
bom trabalho com seus filhos.
Antes
de receber a sua carta, tenho que admitir, passava horas me torturando com
imaginações de como seria seu pedido de casamento à sua esposa. Imagino-o
beijando-a e dizendo que a ama, dizendo a ela exatamente as mesmas coisas que você
disse a mim. Agora, após seu desabafo, me sinto confortável em saber que você
não me esqueceu, e que, felizmente, mesmo com tanto amor destinado à mim em seu
coração, que você não parou sua vida. Que, assim como suas esperanças ditas no
primeiro parágrafo do que me escreveu, eu não mudei, e sei agora também que
você não mudou, mas amadureceu. Isso me conforta tanto que chego a ficar feliz,
pois agora meu ego se diz satisfeito em saber que, pelo que disse em sua carta,
embora todos os “eu te amo” que você venha dizer a ela, sei que nenhum será
igual ao que disse para mim, embora não sejam, de certa forma, mentirosos,
quando ditos à sua esposa.
Nunca
me esquecerei do que passamos juntos. Daria tudo para reviver aquela despedida
na estalagem, e reconstruir aquele momento. Infelizmente, eu novamente me
oporia à nossa fuga, mas em compensação, teria lhe dado um último beijo, um
último abraço, quem sabe até teria me feito sua, já que essa será, muito
provavelmente, a última vez em que nos falamos, uma vez que é melhor não
alterar nossa situação atual. Porém, dentre todos os itens que disse que teria
feito em nossa despedida, há outro, não citado, que teria feito sem a menor
dúvida: dito, do fundo do coração, que eu amo você.
Teria
dito que, mesmo pelas circunstancias do destino, mesmo que o tempo passe, mesmo
que a idade chegue, mesmo que corram as estações e os anos, que tudo cresça ou
morra; aquilo que sentimos um pelo outro não diminuirá, mas por outro lado,
também não aumentará. Se manterá sólido, assim, se tornará eterno.
Da sempre sua,
Jane Austen.
Esse foi o último capítulo, espero que tenham gostado. Recomendo o filme "Amor e Inocência", cuja fanfic foi baseada. Obrigado pela leitura!
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Fanfic - Cartas para Jane
Capítulo I
“Você é generosa demais para
zombar de mim. Se os seus sentimentos forem os mesmo de abril passado, diga-me
logo. Os meus sentimentos e desejos não mudaram, mas diga-me uma palavra, e eu
os silenciarei para sempre. “
Suspirei fundo ao escrever a
frase de Sr. Darcy para Elizabeth. Cada gesto, cada palavra que colocava em
minha história através do apaixonado cavalheiro me lembrava do meu. Thomas Lefroy.
Ele foi embora mais repentinamente da minha vida do que quando entrou, mas devo
dizer que essas indas e vindas não causaram menos impacto em meus sentimentos.
Ainda sinto um palpitar tão forte quando penso nele...
Lembro-me de seus olhos azuis e
da forma como olhavam para mim, fazendo-me sentir a pessoa mais especial desse
mundo. Lembro-me também desses mesmos olhos ao dizer adeus, da tristeza em que
estavam quando nos despedimos. Sentia falta do toque deles, que, mesmo sem
nenhum contato físico, digamos assim, parecia que vasculhavam cada canto do meu
corpo e de minha alma. Nunca nenhum olhar havia pousado sobre mim como os dele.
Nunca havia causado tanto impacto, nunca havia feito tanto sentido como faz
agora, que estou longe desse mesmo olhar.
Suspiro fundo e encosto-me à
cadeira, massageando minha têmpora na tentativa de aliviar o choro que sentia
que subiria em apenas alguns segundos se eu não o aplacasse. Nesse mesmo
momento, ouço uma batida na porta, e quando dou a permissão para que a pessoa
entre, vejo que é a empregada da casa, srta. Hill, se desculpando pela
interrupção e alegando que o motivo era uma carta que havia chegado para mim.
_Pode deixar em cima da cômoda,
vou lê-la depois. Sinto como se minha cabeça fosse explodir.
_Tudo bem, srta. Austen, apenas
espero que essa enxaqueca não a impeça de ler a carta, já que.. – sussurrou a
última parte. – foi assinada por Thomas Lefroy.
Na mesma hora, senti minha
espinha gelar, e me levantei com tanta pressa que quase derrubei as folhas de
papel de cima da mesinha. Por outro lado, meu corpo ficou automaticamente desastrado, pois ao
me levantar senti um murro no meu dedo menor do pé, e quando olhei para baixo,
percebi que o choro que estava anteriormente tentando conter, havia escapado na
forma de uma solitária lágrima, e o cúmplice dessa lágrima fugitiva foi o
maldito pé da cadeira.
_Pode deixar Hill, já vou lê-la.
Obrigada. –Respirei fundo e dei um gemido de dor.
No entanto, essa batida repentina
serviu para aliviar o suspense e o buraco imenso que alastrara meu peito assim
que ouvi o nome de quem havia assinado a carta. Meio mancando, ainda corri para
a cômoda e quando olhei para o envelope, reconheci a letra da pessoa que vem
fixando-se em meus pensamentos pelos últimos tempos desde sua partida.
Hampshire,
29 de abril de 1799
Querida
Jane,
Antes
que tire alguma conclusão precipitada, gostaria que soubesse que não
escrevo-lhe esta carta para que se martirize pelo que não aconteceu. Muito pelo
contrário. Embora pareça um tanto inusitado e sem sentido enviar-lhe uma carta após
causar-lhe tanto sofrimento, gostaria que a lesse até o final. E se em algum
momento da leitura minhas palavras causarem-lhe desconforto, tristeza ou
amargura, peço desculpas antecipadamente. Nunca me passou pela cabeça lhe
magoar.
Antes
de mais nada, expresso meus cumprimentos e esperanças de que esteja bem, de que
nem a sua boa aparência, seu bom humor, seu carisma ou alegria pela vida tenham
sido afetados pela minha partida (isso pode soar-lhe um tanto quanto
presunçoso, mas se eu bem lhe conheço, deve estar sorrindo desconcertada neste
exato momento, por pensar da mesma forma que aleguei acima). Muito tempo se
passou e você provavelmente deve estar casada, mas mesmo assim, existem algumas
coisas das quais preciso lhe dizer, e o farei nesta carta.
Eu
sei que um outro deve estar presente em sua vida, deve falar em seu ouvido
palavras carinhosas como eu fiz, ou mesmo admirar-lhe da mesma forma como meus olhos fizeram, e o fizeram tão bem, que cada curva do seu sorriso ainda permanece viva em minha memória. Aposto que ele deve tocar suavemente seu rosto, e tentar pegar em sua mão na subida das escadas, que deve correr junto com você e conversar discretamente enquanto dançam. E depois de todos esses gestos, ouso dizer que imediatamente vai se lembrar de mim. Eu
espero que se lembre. Espero que eu não tenha sido um romance passageiro em sua
vida, e talvez só tenha estas esperanças por não ser assim com você, já que eu ainda a tenho em meu coração.
Antes
que se zangue, peço desculpas, novamente. Desculpe-me pela intimidade com que
lhe escrevo esta carta, mas esse é apenas mais um dos elementos que tento usar
para tornar-lhe conhecidos os meus sentimentos. Eu não deixei de amar você. E,
infelizmente, tenho a impressão de que não abandonarei esses sentimentos tão
cedo. Não que amá-la seja algo ruim, mas tornou-se, já que tive de me casar com
Mary, e não era com ela que pretendia deitar-me todas as noites. Depois de
algum tempo, aprendi a conviver com esses sentimentos e aprendi a reprimi-los,
ficando apenas conformado com o que aconteceu e ver com bons olhos o que
passamos. Mas digo que é desmoronando essas paredes que repreendem meu coração,
que tenho a coragem, ousadia, e atrevimento em escrever-lhe.
Acho
que tudo isso ocorre por que os momentos tão pequenos de nós dois são
simplesmente muito grandes para serem esquecidos, mesmo que as areias do tempo
se deem ao trabalho de disfarçá-los. Mas lembre-se: disfarçar é diferente de
apagar.
A vida é como um rio, que segue seu curso sem esperar que o acompanhemos, e algumas pessoas são como uma breve correnteza; passam pela nossa vida rapidamente, mas causam um impacto tão grande que têm o poder de deixar-nos às avessas. Porém, você não, Jane. Você é uma tão forte e certa, que acompanha o curso do meu rio e causa reviravoltas a todo o momento em meus sentimentos. Uma hora eu amo você, mas estou olhando para a minha esposa; em outra, a culpa por traí-la em pensamento é tão grande que sinto raiva de mim mesmo. Gosto e depois desgosto do curso que o meu rio tomou. Por que meu amor por você é uma correnteza tão fatal, que é impossível não se deixar afogar nela. E uma vez nesse meio, eu nunca mais quis sair. Não consegui sair. Não consegui abandonar as águas de seus lábios, mesmo que somente em minha memória.
A vida é como um rio, que segue seu curso sem esperar que o acompanhemos, e algumas pessoas são como uma breve correnteza; passam pela nossa vida rapidamente, mas causam um impacto tão grande que têm o poder de deixar-nos às avessas. Porém, você não, Jane. Você é uma tão forte e certa, que acompanha o curso do meu rio e causa reviravoltas a todo o momento em meus sentimentos. Uma hora eu amo você, mas estou olhando para a minha esposa; em outra, a culpa por traí-la em pensamento é tão grande que sinto raiva de mim mesmo. Gosto e depois desgosto do curso que o meu rio tomou. Por que meu amor por você é uma correnteza tão fatal, que é impossível não se deixar afogar nela. E uma vez nesse meio, eu nunca mais quis sair. Não consegui sair. Não consegui abandonar as águas de seus lábios, mesmo que somente em minha memória.
Por
mais pervertido que isso possa parecer-lhe, meu maior arrependimento foi não
tê-la feito minha, em todos os sentidos. Ás vezes me pego acordado no meio da
madrugada com um copo de whisky em mãos, em pé ao lado da lareira, imaginando
como teria sido se tivéssemos feito amor. Como teria sido tocar-lhe e
mostrar-lhe o quanto eu te amo. Porém, em um lapso, lembro-me que eu tenho uma
esposa deitada em minha cama, com quem devo estar todo o tempo. Com um misto de
sentimentos, volto para lá e faço com ela tão ardentemente o que
gostaria de fazer com você.
Então,
Jane, espero que saiba que nessas noites, nunca serei inteiramente dela, na
verdade, nunca serei, em sentido algum. Pois a cada beijo dado, é o seu gosto
que sinto. Cada toque me lembra o seu. Cada movimento dado
por ela, eu imagino que é você. Quando olho nos olhos dela, é o seu reflexo que
eu vejo. Cada hora que passo junto dela nunca será melhor do que todos os
minutos ao seu lado.
Como
você sabe, mas faço questão em reafirmar, eu só me casei por obrigação.
Enquanto eu passo o dia com outra, saiba, é com você que eu queria estar. Hoje
e sempre, meus pensamentos serão seus, tudo que é meu, sempre será seu. Minha
vida, minha alma, e meu coração. Ou melhor, nossa vida, nossa alma, e um único
coração. Somos um.
Dessas
noites de amor com você em pensamento, nasceu uma linda menina, a qual tive a
ousadia de chamar de Jane Christimas Lefroy. Talvez tenha batizado-a de
tal forma por amá-la demais, assim como
eu amo você, e até mesmo para fazer com que eu me sinta menos cafajeste por
faze-la sofrer. Outra hipótese é de chamá-la assim para que você nunca saia da
minha vida, de uma forma mais concreta. Para que eu possa falar “Jane” em voz
alta pela casa. Para que eu possa dizer seu nome com o mesmo amor à ela, embora de formas diferentes, sem me
sentir culpado. Minha querida Jane, dou a você liberdade de escolher uma
hipótese entre as citadas acima, já que todas são teorias verdadeiras.
Se
houvesse outra maneira, eu escolheria você sem hesitar, mas não há. Gostaria
que soubesse e nunca se esquecesse: eu amo você. Segui em frente por que o rio
não para, mas, enquanto minha esposa é somente um gigantesco meandro, você é a
correnteza inteira, que me afasta dela e depois, a traz de volta para mim. Como
o rio sinuoso que minha vida se tornou.
Escrevi
essa carta para imaginar sua reação ao lê-la, e para despejar diante de você,
uma última vez, todos os meus sentimentos. Agora que já os exprimi, voltarei a
reprimi-los. Pelo menos até o momento em que você responda a esta carta como
uma última e singela forma de dizer Adeus. Por que você sempre sabe o que
dizer.
Do
seu, Lefroy.
Fanfic de minha autoria, baseada exclusivamente no filme Becoming Jane, e consequentemente, na vida de Jane Austen. Em breve, o segundo e último capítulo.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Melhor receita de Brownie da vida!
Oiii!! Estou aqui hoje para postar uma receita de Brownie, que originalmente é da Fabiana K. A. Alves, e postou no site do Tudo Gostoso. Antes de maio do ano passado, eu nunca havia feito brownies antes, e pra ser bem sincera, em todo o restaurante eu achava meio caro pra provar. Minha querida amiga japa apareceu com um pedaço pra mim um dia na escola, sugerindo ser essa a receita para ser feita na apresentação de um trabalho prático de química (o melhor do ano).
No trabalho, tínhamos que fazer uma receita, de doce ou salgado, gravar, editar do jeito que quiséssemos, e levar para apresentar a montagem, e a comida escolhida. Num grupo de seis pessoas, fizemos 3 brownies, apresentamos e por fim, ficaram perfeitos (com algumas pequenas exceções de detalhes aqui e ali). Depois, ao chegar em casa, eu me viciei, e mesmo não sendo chocólatra, senti que precisava fazer uma receita pra mim e devorá-lo por inteiro. Foi o que eu fiz.
No entanto, eu sempre fui meio natureba e neurótica pra comida, observando sempre quantidade de gordura e sódio (não calorias, essas a gente queima rapidinho ;P), e resolvi diminuir a quantidade original de manteiga, além de, depois de várias tentativas, fazer mais algumas substituições, sendo uma delas, trocar parte das nozes (brownie original) por chocolates dos 3 tipos: ao leite, meio amargo, e branco (esse detalhe já acabou com a parte de ser "natural").
Desde que consegui essa receita final, esse se tornou definitivamente o meu melhor prato, que já atravessou cidades, bairros e chegou até diversas bocas e barrigas, que resultaram em um amor eterno por esse Brownie! Toda reunião familiar acabou incluindo, por fim, o meu bebê! Várias vezes me pediram a receita, mas eu sempre fui meio ciumenta com ela.. O que por fim, é uma coisa boba, já que.. o que é bom é para ser compartilhado!
Voltando ao assunto, a minha receita, por fim, ficou:
Desde que consegui essa receita final, esse se tornou definitivamente o meu melhor prato, que já atravessou cidades, bairros e chegou até diversas bocas e barrigas, que resultaram em um amor eterno por esse Brownie! Toda reunião familiar acabou incluindo, por fim, o meu bebê! Várias vezes me pediram a receita, mas eu sempre fui meio ciumenta com ela.. O que por fim, é uma coisa boba, já que.. o que é bom é para ser compartilhado!
Voltando ao assunto, a minha receita, por fim, ficou:
Ingredientes:
- 4 colheres e meia (de sopa) de margarina (sem sal)
- 3/4 de xícara (chá) de achocolatado (Nescau)
- 1/2 xícara (chá) de chocolate em pó ("do Padre")
- 1 1/4 de xícara (chá) de farinha de trigo
- 2 xícaras (chá) de açúcar
- 4 ovos
- 2 pitadas de sal
- 1 colher (de chá) de extrato ou essência de baunilha
- 70g de chocolate meio amargo
- 70g de chocolate ao leite
- 70g de chocolate branco
- 1/4 de xícara (chá) de castanha de caju picadas (opcional)
OBS: para assar, será necessário papel mateiga.
Modo de preparo:
- Misturar bem os ovos e o açúcar, até que resulte em um creme amarelo.
- Adicionar a margarina, o achocolatado, a farinha, o chocolate em pó, o sal, e a essência de baunilha, misturando sempre a cada nova adição (mas não muito, para não "solar" a massa).
- Picar os chocolates e adicioná-los, junto da castanha de caju. Misturar.
- Despejar a mistura em uma assadeira (pequena serve, já que o brownie praticamente não cresce) forrada com papel manteiga e colocar no forno alto (240°) por mais ou menos quarenta minutos, até que forme uma casquinha na parte de cima, ou até que se espete um palito e ele saia limpo (lembrando que as vezes você pode espetar um chocolate).
Dicas de cozinha:
Pique os chocolates antes de tudo, por que depois, é só ir acrescentando os ingredientes.
Na hora de colocar os ingredientes, é bom peneirar, para não ter que ficar mexendo demais a massa.
A margarina, para facilitar, também deve estar à temperatura ambiente.
Na hora de colocar os ingredientes, é bom peneirar, para não ter que ficar mexendo demais a massa.
A margarina, para facilitar, também deve estar à temperatura ambiente.
Quando der meia hora, pode dar uma olhada ou espetar um palitinho de curiosidade, não tem problema abrir o fogo a partir desse tempo! - e dependendo do seu forno, ele já pode estar pronto.
Para desenformar o Brownie, espere esfriar um pouco, retire o papel da assadeira, vire de cabeça para baixo e desgrude o papel manteiga dele, para em seguida, cortá-lo. Não se preocupe em quebrar o brownie, ele é um pouco sensível, mas dá pra pegar o jeito.. Apenas cuidado com a casquinha da parte de cima, essa quebra!
Esse é o passo 3. Com todos os ingredientes já misturados.
Este é o passo 4. E não se preocupe, a massa não entra nesses
vincos criados pelo papel manteiga! ;)
Esse é o brownie pronto, tinha acabado de tirar do forno.. Os pontinhos pretos na parte de cima não são queimados, são somente o chocolate, por ficarem assados..
E voilà! Prontos para serem de-vo-ra-dos!
Com sorvete Negresco, da Nestlé.
Neste eu adicionei as castanhas de caju!
Se você quiser, também pode comer com sorvete, como mostrado acima, com cookies, com brigadeiro de Nutella (pressinto uma diabetes?), ou até mesmo com um brigadeiro mole e morangos.
Agora é só tentar, e caso não dê certo, pode comentar que eu ajudo!
quarta-feira, 1 de julho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
O maravilhoso mundo das Fanfics
Olá!! Neste post de férias eu resolvi escrever nessa postagem sobre as fanfics, e o principal motivo é que quando eu digo que escrevo fanfics, as pessoas me perguntam o que é, e assim como elas, muitas outras não devem saber o que são, e para facilitar (por que existem muuuuitos itens que você pode querer saber sobre fanfics), vou organizar em tópicos.
O que são fanfics?
Para começar, vamos fazer uma pequena etimologia da palavra fanfiction, que é derivada de outras duas palavras do inglês, fan, e fiction. A primeira significa fã, e a segunda, ficção, logo, subentende-se que fanfiction é uma ficção de fã, ou seja, quando as pessoas resolvem escrever uma história baseada em um outro enredo, que pode ser de livros, séries de TV, novelas, filmes, animes, desenhos, jogos para computador, e até mesmo histórias inventadas, que não se baseiam em nada (essa categoria aparece nos sites de fanfiction, mas eu acho que só faz sentido estar lá quando as fics são interativas [não se preocupe, explico o que é isso já já!], senão, não teriam no que se basear, o que vai contra a própria etimologia da palavra! [que confusão!])
Onde encontro fanfics?
Você pode achar fanfics em vários sites na internet. Os mais conhecidos são Fanfiction.net (escrevo nesse!), Nyah Fanfiction (e nesse também), Fanfic Obssession, Anime Spirit, Fanfic Revolution, Fanfic Addiction, Fanfics Brasil, All Time Fics, e ainda existem mais alguns, inclusive blogs de fanfics.
Quais são os gêneros?
Dentro de cada categoria (livro, série, filme) , existem os gêneros: ação, amizade, angst, aventura, comédia, crossover, darkfic, death fic, drama, ecchi, fantasia, ficção científica, furry, hentai, horror, humor negro, lemon, lime, mistério, orange, paródia, poesia, romance, shoujo-ai, shounen-ai, songfic, suspense, terror, tragédia, universo alternativo, yaoi, e yuri [parte deles eu nem conhecia, até agora]. De um jeito ou de outro, uma fanfic normalmente não possui um só gênero, o autor pode escolher vários, e é através dessa escolha, que o leitor identifica um pouco do que vai aparecer, e pode ser, ou não o que ele procura, portanto, são de extrema importância, principalmente para não criar um leitor "desavisado", que começa a ler com uma expectativa mas por fim se depara com algo totalmente diferente do esperado. Portanto, eu costumo dizer que os gêneros trabalham em conjunto, e são uma "sinopse rápida" da fanfic.
Ação: esse gênero é autoexplicativo, ou seja, são fafics sobre ação, ou que contém muitas cenas de ação.
Amizade: é quando os personagens principais, ou os personagens em geral tem uma relação de amizade, mas é, principalmente, quando a fanfic se trata sobre a amizade de um grupo, ou sobre o tema amizade, em si.
Angst: são fanfics que retratam emoções de ódio, tristeza, e principalmente medo. Esse gênero aparece principalmente em histórias de suspense, terror, horror, ou medo, mas também não quer dizer que vá obrigatoriamente aparecer.
Aventura: fanfics com esse gênero normalmente retratam jornadas, ou viagens à lugares diferentes, e de um modo geral, falam sobre aventura(s).
Comédia: esse também é um gênero autoexplicativo, ou seja, é quando uma fanfic tem situações engraçadas, ou um personagem em si tem essa característica, mas de um modo geral, são aquelas feitas para divertir o leitor, descontraí-lo.
Crossover: é a mistura de duas histórias diferentes, ou é quando uma história de um tema se baeia em outra de outro tema. Por exemplo, uma fanfic crossover pode misturar elementos de Harry Potter e Jogos Vorazes, ou seja, se eu quiser escrever uma história e colocar que a Hermione namora o Peeta, ou que a Katniss é irmã do Harry, eu posso, ou posso, inclusive, colocar os personagens de Harry Potter dentro dos Jogos Vorazes, ou em situações baseadas nessa outra história, como as revoluções dos distritos [aí para especificar mais, entra o conceito de universo alternativo, explicado mais abaixo].
Darkfic: são aquelas que possuem várias cenas [muito] depressivas, taciturnas, com atmosferas sombrias, ou situações angustiantes, e são, de um modo geral, "dramáticas".
Death fic: é quando um ou mais personagens principais morrem [eu particularmente, só leio quando é uma fanfic que fala sobre um grupo em geral, por que se ela falar de um casal, e você não quiser que nenhum dos dois morra, vai ser um baita spoiler. É com se o John Green dissesse que a culpa das estrelas e uma "death fic", rá! Acabou com a magia... Ou mesmo o Nicholas Sparks, nunca vi alguém gostar tanto de matar personagens principais, compete com o George Martin, de Game of Thrones - mais sobre estes três em breve!].
Drama: são fanfics literalmente dramáticas, e podem se manisfestar através de vários elementos, como por exemplo, na reflexão de um personagem sobre si mesmo ou sobre o mundo, no enredo, que pode conter fortes apelos emocionais, ou até mesmo no modo de escrever do autor, que pode ser intencionalmente dramático, para compor a história da maneira desejada.
Ecchi: são cenas que contém uma espécie de "pornografia leve", e que possuem normalmente apenas algumas insinuações.
Fantasia: É uma história que possui um enredo diferente de todas escritas até agora, normalmente com magia, e pode ter fadas, bruxas, magos, ou elementos sobrenaturais envolvidos, com mundos imagináveis e que mexem com a criatividade do leitor.
Ficção Científica: são histórias que envolvem principalmente a ciência, robôs, tecnologia avançada, e muitas vezes, a fic se passa num ambiente futurista, mais "desenvolvido".
Furry: são aquelas histórias de romance extremamente açucaradas, onde tudo é fofo e belo, e os personagens mantém uma belíssima relação entre si, seja personagem principal ou secundário.
Hentai: é quando uma fic possui cenas de sexo explícito entre um casal heterossexual.
Horror: é uma história que assusta o leitor, e que provoca muito medo.
Humor negro: é quando se tem uma comédia "politicamente incorreta", com piadas que se baseiam no sofrimento dos outros mas que, mesmo sendo maldosas, são engraçadas.
Lemon: fics com cenas de sexo explícito entre homens.
Lime: são fics com cenas de sexo implícito, e difere de ecchi apenas por que a categoria lime apenas sugere a cena principal de sexo, sem detalhes.
Mistério: são aquelas fics que a princípio não explicam nada, mas possuem elementos ocultos que vão se desenrolando e se explicando ao longo da história, fato este que faz o leitor sempre querer saber o que acontece a seguir, provocando a sensação de suspense, por exemplo.
Orange: história com sexo explícito entre mulheres
Paródia: quando uma história escrita imita a outra, mas mudando alguns elementos para torná-los geralmente cômicos. Um exemplo é o os diretores fizeram em "os vampiros que se mordam".
Poesia: são fics escritas em formato de poesia, que podem ser em verso ou em prosa.
Romance: esse termo na verdade pode ter dois sentidos, seja para uma história longa, com um enredo elaborado e tal, ou mesmo para designar um relacionamento amoroso entre dois personagens. Mais detalhes sobre o sentido em que esta sendo utilizado pode as vezes ser descoberto na sinopse.
Shoujo-ai: são cenas românticas mais leves entre garotas, e normalmente retratam um amor platônico.
Shounen-ai: são cenas românticas mais leves entre meninos, e também podem se referir a um amor platônico.
Songfic: são fanfics que podem ser baseadas em uma música, ou que podem conter partes da musica durante o enredo, como uma espécie de trilha sonora pra história. Geralmente são postados trechos dela durante o desenrolar dos fatos.
Suspense: quando possui várias cenas, muitas vezes descritivas, que tem a intenção de provocar um susto ou medo no leitor, e normalmente provocam a curiosidade do leitor [não é muito diferente de "mistério"].
Terror: é quando o autor coloca personagens com personalidades assustadoras no enredo, como por exemplo bruxas, lobisomens, vampiros, chupa-cabras, e etc.
Tragédia: é o uso excessivo do drama para designar um acontecimento, seja através dos sentimentos do personagem ou da narração dos fatos em si.
Universo Alternativo (UA): é quando os personagens de uma história são colocados fora de seu contexto, onde a história pode ou não ser reaproveitada. Por exemplo, eu posso colocar os personagens de Jogos Vorazes num colegial normal, com líderes de torcida, shows de rock e bandas adolescentes [ah: não necessariamente um universo alternativo tem de ser um crossover].
Yaoi: são fanfics que tem um conteúdo homossexual masculino, e difere do "shounen ai" por ser um amor concreto, não platônico.
Yuri: são fanfics com centeúdo homossexual feminino, e difere do "shoujo-ai" por ser um amor concreto, não platônico.
Fanfic tem classificação indicativa?
Com todos esses termos técnicos pra cada cena mais "intensa", seja pelo sexo, pela violência ou pelo uso de palavras de baixo calão, é obrigatório o uso de classificação indicativa para as fanfics, e quem as escolhe é o autor, justamente por ninguém saber melhor do que ele o que vai aparecer ao longo da história. No entanto, alguns sites como o Nyah, por exemplo, exige que fanfics com violência ou com cenas de sexo explícito sejam classificadas como "+16". Vai do bom senso do autor classificar sua história.
Para designar o público acessível à leitura, existem algumas letras, semelhantes à dos jogos de videogame. Cada site pode diferenciar uma letra de outra, portanto, vou especificar, e pra facilitar, em ordem etária crescente:
K - são fanfics que qualquer um pode ler, não tem droga, palavrão, sexo ou violência. (também pode aparecer como: G ou L).
K+ - esta classificação contém apenas alguns traços de uma linguagem mais baixa, mais ainda não tem qualquer tema adulto. São histórias com pouco conteúdo violento ou (na faixa de classificação por idade, aqui entraria o "proibido para menores de 10 anos")
NC-13 - não é indicado para menores de 13 anos, por conter uma linguagem mais grosseira, vulgar, e alguma sugestão sexual, mas claro, uma cena bem levinha (classificação por idade: "proibido para menores de 12 anos)
T ou NC-15 - possui o mesmo conteúdo do que o NC-13, mas com mais intensidade, incluindo palavrões, algumas cenas de violência, uso de drogas explícito e cenas de sexo com intensidade moderada. (classificação por faixa etária: 14 anos)
NC-17 - é um quase não recomendado para menores de 18, mas é como se ainda não atingisse o nível máximo de conteúdo explícito.
R- significa "rated" e são aquelas fanfics que são proibidas para menos de 18, por conterem estupro, cenas fortes de violência, apologia à drogas lícítas ou ilícitas, sexo forte e detalhado ou extremamente explícito, palavras de baixo calão, ou qualquer conteúdo que possa ferir os direitos humanos, em qualquer sentido.
Para publicar uma fanfic...
Ao contrários do que muitos pensam, publicar uma fanfic não é tão fácil assim. Existem alguns sites com diversas políticas de uso, e que exigem um trabalho mais elaborado, que depende das Beta-readers e das Capistas.
Beta-Reader: para ser uma Beta precisa se entender bem da escrita, e o serviço dela é corrigir o texto do(a) autor(a), para que ele possa ser publicado no site. Ela é quem dá os ajustes finais de gramática ou concordância, e seu nome deve-se ao fato de "beta" ser a segunda letra do alfabeto grego, ou seja, metaforicamente, a segunda pessoa que lê a história, antecedida somente pelo "alpha", que é o escrito(a). A beta é escolhida pelo próprio site onde se publicam as fanfics, através de um concurso, que normalmente envolve a resposta de uma pergunta e a escrita de uma redação, que passará sob uma avaliação e por fim, as ganhadoras são anunciadas no próprio site.
Capistas: as Capistas cuidam da parte pictográfica da fanfic, ou seja, da imagem e da "capa" que ela terá. Muitas vezes, a imagem que "ilustra" a fic não é uma simples fotografia, e envolve montagens de fotos e alguns trabalhos de arte, para desenvolver um "slogan", que é o nome da fic associado à uma letra específica. As capistas também passam sob avaliação do site, através de um concurso anual.
No entanto, em outros sites, não é obrigatório ter nenhum desses dois, o autor simplesmente publica o que escreveu.
Alguns termos técnicos...
Dentro do universo das fanfics, existem alguns termos técnicos, mas que na verdade, muitos já devem conhecer. alguns deles são:
Canon: é quando um conteúdo é igual à história original, mas escrita de um modo diferente, ou descrevendo algum sentimento ou pensamento.
Disclaimer: é visto em praticamente em toda a fanfic, e é um termo que significa que o autor não tem direitos autorais sobre a história, que esta não lhe pertence, e até que não tem intenção nem nenhuma obtenção de lucro por cima dela.
Drabble: é uma fanfic com especificamente 100 palavras, mas também pode, em alguns casos, ter entre 100 e 150. Também existe o conceito de Double Drabble, que é uma fanfic com o dobro de palavras, ou seja, 200.
Ficwriter: é o próprio escritor das fanfics.
Ooc: é quando uma personagem não tem a personalidade que lhe é característica, para que ela se encaixe em determinado contexto (significa out of character). Alguém que é normalmente sério pode, portanto, ser contextualizado como brincalhão ou medroso.
OC: "on character", e é quando um personagem mantém suas característica originais.
P.O.V: significa point of view, e é quando a história passa a ser contada sob o ponto de vista de um determinado personagem, não necessariamente o principal. É usado para expressar ideias ou sentimentos de um personagem diferente daquele que vem narrando.
Review: são comentários nas histórias, sendo críticas, elogios ou incentivos.
SAP: significa sweet as possible, na tradução literal, "tão fofa quanto possível" (referente a situação criada entre os personagens ou eles próprios).
O que são fanfics interativas?
Fanfics interativas podem (ou não) possuir um enredo inédito, onde o leitor coloca seu nome e rsponde algumas perguntas, como "qual é o nome da sua melhor amiga?" "um time que você gosta?" para que esses nomes sejam preenchidos em campos que envolvam a resposta das perguntas. Na hora da leitura, ficaria assim, por exemplo: Ontem, saí com minha amiga (nome que você escreveu) para assistir ao jogo dos (time que você escreveu). As perguntas variam, dependendo do contexto em que você escolheu para ser inserido.
Como se escreve uma fanfic?
Existem vários jeitos e motivos para se escrever uma fanfic. O escritor pode utilizar somente das personagens, ou até mesmo somente do enredo principal para traçar um paralelo com a história que irá escrever; pode usar várias histórias (como explicado acima no "crossover"), ou mesmo escrever um final alternativo, um epílogo ou uma capítulo a mais que se descreva algum sentimento ou cenário.
Para se escrever uma fanfic acredito que seja necessário saber pelo menos um pouco sobre a história que será adaptada (com exceção daquelas em que são completamente originais), relativa criatividade, um pouco de imaginação, ou mesmo sentimentos "à flor da pele". Não há necessariamente uma restrição para ser escritor, basta usar as palavras de uma boa forma para que elas atinjam seu objetivo, seja para chocar, emocionar, envolver o leitor, acalmá-lo, ou qualquer outro, uma vez que o importante é se expressar, independente se tenham que ser usado personagens, ou enredos, ou os dois!
segunda-feira, 22 de junho de 2015
domingo, 24 de maio de 2015
O importante é que a nossa emoção sobreviva
"Se não te cuidares o corpo, cuida teu espirito torto, que teu corpo jaz perfeito.
Se não te cuidares o peito, cuida teu olho absurdo, que teu peito tomba morto, diante de tudo.
Se não te cuidares, cuidado com as armadilhas do ar; qualquer solto som pode dar tudo errado."
"Mas só se a vida fluir, sem se opor,
Mas só se o tempo seguir sem se impor,
Mas só se for, seja lá como for,
O importante é que a nossa emoção sobreviva."
Se não te cuidares o peito, cuida teu olho absurdo, que teu peito tomba morto, diante de tudo.
Se não te cuidares, cuidado com as armadilhas do ar; qualquer solto som pode dar tudo errado."
Cada um tem um modo de se recuperar, de toda e qualquer dificuldade. Leva tempo, desgaste, e acumula experiência. Viver, é assim.
Não basta ter um encéfalo altamente desenvolvido e um polegar opositor, tenho a teoria de que o que nos torna realmente humanos, é a nossa capacidade de pensar, sentir, e consequentemente se relacionar. As pessoas têm essa necessidade. A relação pode ser desde um objeto muito querido, até um animal ou outra pessoa. Grosso modo, se relacionar com qualquer um dos três só vai ter diferença pela quantidade de sentimento que se coloca em cada um. As pessoas amam. Algumas objetos, outras animais, ou pessoas. O que difere são os valores agregados. Por amar, ninguém está física ou emocionalmente preparado para a perda.
Tudo está bem enquanto permanece.
Como característica, o ser humano é conservador. Tudo continuaria da mesma forma, se não houvesse aquela pequena agulha que incomodasse, ou aquele pequeno acaso que atrapalhasse. A necessidade traz a mudança, e fato é: ninguém está preparado para mudanças. Repaginar, realocar, repensar e planejar. Tudo isso leva tempo e desgaste, mas acumula experiência.
Algumas experiências, porém, desgastam mais do que outras. Quanto mais sentimento, maior a mudança, assim como os outros dois fatores. Quando se perde alguém, e essa pessoa vai embora, em qualquer sentido, precisamos mudar.
Não podemos continuar da forma como éramos, com, ou antes dela. Não há nem a possibilidade de se continuar sendo o mesmo, pois somos marcados. Cada pessoa que aparece em nossa vida deixa marcas, e cabe a nós decidir se esta será boa ou não. Apesar das marcas, não podemos perder aquilo que é verdadeiramente nosso, a nossa essência.
Quando nos envolvemos, compartilhamos experiências, momentos, e estes passam a ser não ser mais só seu, e sim, "nosso". O que eu quero dizer, na verdade, é que costumamos acreditar que enquanto juntos, misturamos o que é nosso, e transformamos e algo que fica compartilhado. Mas preciso afundar este tipo de pensamento, e explicar que mesmo quando dividimos algo, este não deixa de ser nosso. Existem coisas que, por mais divididas que sejam, continuam sendo tipicamente individuais.
Acredito que o objetivo de se conhecer pessoas e conviver com elas seja para evoluirmos.
O ser humano tem essa tendência também, de evoluir, se tornar melhor, aprimorar, lapidar. Mudar, para melhor, sob a necessidade de não se tornar retrógrado, primitivo.
Para concluir, acredito também que toda relação interpessoal é válida, desde que te ensine algo. Que sirva como um bom exemplo, ou que te ensine como "não se fazer". Quando esta termina, cabe a nós avaliar, apesar do sofrimento, o que ficou de bom. Tentar ver o lado positivo, os bons momentos. Acreditar que nada do que foi vivido foi em vão, e que ambas as pessoas ficaram marcadas. Limpar sua consciência com o pensamento de que a sua marca foi positiva.
Este corpo de texto se encaixa para qualquer pessoa que esteja passando por mudanças, desde o endereço até uma grande perda, ou o fim de um relacionamento.
Quando se perde alguém, costumamos dizer que a dor é irreparável, e a princípio é, uma vez que a perda não terá voltas. Momentos são únicos, e as pessoas e suas marcas, também. Contudo, é importante lembrar que a vida continua.
Precisamos sim, de um tempo para a adaptação, um tempo para pensarmos, e pesarmos os pontos positivos e negativos. Precisamos um tempo para exercer nosso direito de ser humano e sentir a dor, e realizar o pensamento, para replanejar, e enfim, seguir em frente. Este tempo varia de acordo com o tamanho do sentimento que colocamos. E este momento é verdadeiramente só nosso.
É sempre fácil falar para quem observa uma perda, e é sempre mais compreensível para quem também já a sentiu. Quem já sentiu, sempre se lembra, lá no fundo, que uma hora ou outra a força que nos faz sobreviver, aparece. A coragem aparece.
Escrevo para as pessoas que acham que estão no fundo do poço, para aquelas que sofrem com as mudanças, e que infelizmente, se esqueceram de que ela é necessária, e o que parece diferente hoje, será a rotina de amanhã, e que em breve, também será reajustada, por que a vida é assim. Ela traz e leva. Escrevo para as pessoas que se encontram na escuridão, mas esqueceram que ainda existe a luz. Escrevo para lembrar que, num processo natural, as pessoas vêm e vão; as perdas aparecem, mas como seres humanos, nos recuperamos, enxergamos a solução e o caminho. Escrevo somente com a única intenção de lembrar que, embora pareça o fim, não é; para lembrar que temos uma essência, e que esta sim, se perdida, não há volta.
Incluo nesse texto o vídeo do músico Eduardo Gudin, que fala sobre mudanças, perdas, separações, mas que lembra o que tentei explicitar ao longo da minha escrita. Ele canta, de forma majestosa e concreta, de que a felicidade é o que amordaça essa dor secular,e o importante, é que a nossa emoção sobreviva.
Mas só se o tempo seguir sem se impor,
Mas só se for, seja lá como for,
O importante é que a nossa emoção sobreviva."
"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos." - Pablo Picasso
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